Desenho com diploma

O mercado brasileiro de animação está, por assim dizer, animado. A publicidade ainda é o maior cliente de produtoras e profissionais autônomos, mas quem entende do assunto já observa o surgimento de uma indústria mais consolidada. Como parte desse processo, as universidades se movimentam para criar cursos na área.


O aquecimento do mercado expôs o problema da falta de mão de obra qualificada. "Os estúdios estão contratando gente sem experiência e eles próprios fazem treinamentos", diz Marcos Magalhães, diretor do Anima Mundi - o maior festival de animação do Brasil.


Segundo a professora Claudia Bolshaw, coordenadora do Núcleo de Arte Digital e Animação da PUC-Rio, o momento de resolver o problema da formação de animadores é agora, enquanto o mercado está se estruturando. "Precisamos de profissionais pensantes e não meros técnicos reprodutores", diz.
Para o diretor de Educação da Associação Brasileira de Cinema de Animação (ABCA), Sérgio Nesteriuk, cursos superiores devem preencher essa lacuna. "Além de conhecer diferentes técnicas, o universitário tem uma formação humanista fundamental para despertar sua sensibilidade."
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