Se encontrar engenheiros está difícil, para o setor aéreo é impossível. O Brasil forma pouco mais de 70 engenheiros aeronáuticos por ano, mas precisa de 150. E também de outros 120 especializados em engenharia espacial, para atender à demanda do Programa Nacional de Atividades Espaciais (PNAE).
A engenharia aeronáutica compete com a eletrônica pelo posto de elite das engenharias. Com o crescimento da indústria espacial no Brasil, surge uma classe que será a elite dessa elite, os engenheiros aeroespaciais. Em 2005, segundo estudos feitos pela Agência Espacial Brasileira, eles eram 3,1 mil, “absolutamente insuficientes” segundo a avaliação da época.
Profissionais de alto desempenho, eram formados em extensões da graduação de engenharia aeronáutica, até pouco tempo exclusivamente oferecida pelo Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA) e pela Universidade de São Paulo (USP) de São Carlos. A demanda gerada pelo PNAE levou à criação, no ano passado, do primeiro curso de graduação em engenharia aeroespacial, no ITA, coordenado pelo tenente-coronel André Pierre Mattei. “A primeira turma, com dez alunos, veio das outras engenharias. Este ano teremos o primeiro vestibular”, conta.
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