Segundo nota divulgada pela PF, em 7 de novembro, segundo dia de provas do Enem, a professora, que estava aplicando a prova, teve acesso a um texto de apoio da redação, depois que abriu um caderno de provas destinado a deficientes visuais. De acordo com a polícia, em depoimento, ela contou que, cerca de duas horas antes do início do exame, ligou para a casa de sua sogra, falou com o marido e passou o tema – "O trabalho e a escravidão" – que havia lido.
O marido, então, teria feito uma pesquisa na internet e avisado o filho, que estava em Petrolina (PE). O candidato consultou professores que estavam no local de prova, pergutando como escrever sobre o assunto.
O caso foi denunciado por um professor que conversou com o filho do casal. Mais de dez pessoas foram ouvidas pela polícia durante os dez dias de investigações. Também foram realizadas perícias e houve quebra do sigilo telefônico dos supostos envolvidos.
Segundo a PF, o tema passado pela professora fazia parte apenas de um dos textos que poderiam servir de base para os estudantes. O tema efetivo da redação era "O trabalho na construção da dignidade humana".
O Ministério da Educação (MEC) disse que o filho do casal deve ser eliminado. Para o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), autarquia ligada ao MEC que organiza a prova, o sigilo da redação foi mantido, porque o candidato teve acesso a apenas um dos textos de apoio e não houve vazamento do tema principal.
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