Defensoria Pública vai cobrar indenização de um salário mínimo ao MEC para prejudicados no Enem

 Defensoria Pública da União no Rio de Janeiro anunciou que vai ajuizar na próxima semana uma ação civil pública contra o MEC, o Inep e os consórcios organizadores e de impressão das provas do Enem pelas falhas no exame. “Já que não foi acolhida a ideia de realizar um novo exame para todos que se sentiram lesados, a saída que encontramos foi pedir indenização por danos morais”, disse o defensor público federal André Ordacgy. A intenção é pedir um salário mínimo para cada um dos candidatos que se sentiram lesados de alguma forma. O ministro da Educação, Fernando Haddad, questionou a proposta.
De acordo com a assessoria da DPU no Rio, “o Direito brasileiro contempla a indenização por ‘perda de uma chance’; ou seja, neste caso do Enem, os estudantes perderam a única oportunidade que tinham de ingressar em diversas universidades públicas ou serem favorecidos no Prouni”.
Segundo Ordacgy, a idéia da ação indenizatória é ter "caráter pedagógico". “Queremos evitar que erros assim aconteçam uma terceira vez e que haja o aperfeiçoamento da máquina pública.” De acordo com Ordacgy, a ação deve demorar cerca de dois anos na primeira instância. “Acho que temos bastante chance de ganhar, mas o mais importante é esse caráter pedagógico”, afirma.
Para embasar a ação, será utilizado o banco de dados do e-mail criado pela DPU, que registrou mais de 4 mil reclamações até o dia 19 de novembro, além das mensagens recebidas pelo novo email dpu.enem2010@gmail.com. Os estudantes que já se manifestaram através do e-mail anterior não precisam fazê-lo novamente.

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