A partir do vestibular 2011, a UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) vai reservar parte de suas vagas para alunos que venham da escola pública e de famílias e baixa renda. A decisão foi tomada em reunião do Consuni (Conselho Universitário) na quinta-feira (12).
No entanto, questões mais específicas, como o percentual de vagas destinadas ao novo regime de acesso e a política de assistência estudantil necessária para a permanência dos estudantes de baixa renda, não obtiveram consenso. Essas definições devem ser tiradas numa reunião extraordinária do Consuni, agendada para o dia 19 de agosto.
Segundo informações da presidente da Comissão de Acesso do Conselho de Ensino em Graduação (CEG), Ana Maria Ribeiro, quatro em cada cinco pessoas que concluem o ensino médio no Rio de Janeiro, são egressos da rede pública de ensino. No entanto 54% dos inscritos no concurso da UFRJ são estudantes de escolas particulares, o que, na opinião da professora, indica que muitos estudantes da rede pública não tentam sequer ingressar na universidade, mesmo com a gratuidade do último exame. Apenas 6,29% dos estudantes da rede estadual de ensino conseguiram ser aprovados no último concurso de acesso à graduação na UFRJ, face a 12,32% daqueles oriundos de escolas particulares e 17,31% da rede pública federal de ensino médio.
O reitor Aloisio Teixeira enfatizou que a proposta discutida terá caráter experimental, sendo adotada em 2011 e ensejando debates posteriores mais profundos. O reitor destacou que, mesmo que a universidade como um todo tenha um percentual superior a 10% de estudantes dentro do perfil proposto, isso não se dá em cursos como medicina e direito, nos quais a adoção desse percentual já seria uma medida claramente democratizante.
Fonte:http://www.ikwa.com.br/news_channel/1783
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